domingo, 29 de novembro de 2009
Um quarto dos mamíferos corre risco de extinção, diz estudo
BARCELONA - Um quarto dos mamíferos do mundo corre risco de extinção, afirmou um relatório divulgado na segunda-feira, acrescentando que a destruição dos habitats deles e a caça eram os principais motivos de seu desaparecimento.
O documento, o mais amplo do tipo realizado até hoje e de cuja elaboração participaram 1.700 pesquisadores, mostrou que a população de metade das 5.487 espécies de mamífero do mundo encontrava-se em declínio. Incluem-se no grupo dos mamíferos desde a gigantesca baleia-azul ao minúsculo morcego-nariz-de-porco-de-kitti.
"A população dos mamíferos vem diminuindo de forma mais rápida do que pensávamos --uma de quatro espécies do mundo encontra-se ameaçada de extinção", afirmou à Reuters Jan Schipper, que liderou a equipe de pesquisadores. O relatório foi divulgado em Barcelona como parte da "Lista Vermelha" de animais e plantas ameaçados.
Segundo Schipper, os mais ameaçados eram os mamíferos terrestres da Ásia, onde animais como o orangotango sofrem com o desmatamento. Quase 80 por cento dos primatas da região encontram-se sob ameaça.
Dos 4.651 mamíferos sobre os quais os cientistas possuem dados, 1.139 espécies foram consideradas ameaçadas de extinção.
Espécies como o diabo-da-Tasmânia, um marsupial da Austrália, a foca do mar Cáspio e o gato pescador, ambos presentes na Ásia, encontram-se entre os animais cuja situação piorou desde o último censo amplo, realizado em 1996. Ao menos 76 mamíferos já foram extintos na Terra desde 1500.
"Nos próximos anos, centenas de espécies podem desaparecer como resultado de nossas próprias ações", afirmou Julia Marton-Lefevre, diretora-geral da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), que elabora a "Lista Vermelha".
Do total de 2008, 188 mamíferos foram considerados "criticamente ameaçados", a pior categoria antes da de "extinto", entre os quais o lince ibérico (cuja população adulta gira em torno de 84 a 143 indivíduos). Um pequeno roedor de Cuba chamado de "jutía" não é visto há mais de 40 anos.
O desaparecimento do habitat natural e a caça "são, de longe, as maiores ameaças enfrentadas pelos mamíferos", escreveram Schipper e sua equipe na revista Science.
Entre outras ameaças, o aquecimento global também desempenha seu papel, atingindo espécies do Ártico dependentes das placas de gelo, tais como o urso polar.
O relatório, no entanto, trouxe também boas notícias. Devido a esforços de reflorestamento, 5 por cento das espécies recuperavam-se, entre as quais o bisão europeu e o furão de patas negras, encontrado na América do Norte.
A situação do elefante africano também melhorou, fazendo com que o animal deixasse o nível de "quase ameaçado" para ingressar no de "vulnerável" --as populações de elefante no sul e no leste da África estão aumentando.
O relatório centrou-se nos mamíferos, mas a situação de outros tipos de animais e plantas é ainda pior, afirmou o IUCN.
A "Lista Vermelha" mais atualizada disse que, de um total de 44.838 espécies de seres vivos, 16.928 encontram-se ameaçadas. Entre os animais, a pior situação é dos anfíbios (como sapos e rãs).
BARCELONA - Um quarto dos mamíferos do mundo corre risco de extinção, afirmou um relatório divulgado na segunda-feira, acrescentando que a destruição dos habitats deles e a caça eram os principais motivos de seu desaparecimento.
O documento, o mais amplo do tipo realizado até hoje e de cuja elaboração participaram 1.700 pesquisadores, mostrou que a população de metade das 5.487 espécies de mamífero do mundo encontrava-se em declínio. Incluem-se no grupo dos mamíferos desde a gigantesca baleia-azul ao minúsculo morcego-nariz-de-porco-de-kitti.
"A população dos mamíferos vem diminuindo de forma mais rápida do que pensávamos --uma de quatro espécies do mundo encontra-se ameaçada de extinção", afirmou à Reuters Jan Schipper, que liderou a equipe de pesquisadores. O relatório foi divulgado em Barcelona como parte da "Lista Vermelha" de animais e plantas ameaçados.
Segundo Schipper, os mais ameaçados eram os mamíferos terrestres da Ásia, onde animais como o orangotango sofrem com o desmatamento. Quase 80 por cento dos primatas da região encontram-se sob ameaça.
Dos 4.651 mamíferos sobre os quais os cientistas possuem dados, 1.139 espécies foram consideradas ameaçadas de extinção.
Espécies como o diabo-da-Tasmânia, um marsupial da Austrália, a foca do mar Cáspio e o gato pescador, ambos presentes na Ásia, encontram-se entre os animais cuja situação piorou desde o último censo amplo, realizado em 1996. Ao menos 76 mamíferos já foram extintos na Terra desde 1500.
"Nos próximos anos, centenas de espécies podem desaparecer como resultado de nossas próprias ações", afirmou Julia Marton-Lefevre, diretora-geral da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), que elabora a "Lista Vermelha".
Do total de 2008, 188 mamíferos foram considerados "criticamente ameaçados", a pior categoria antes da de "extinto", entre os quais o lince ibérico (cuja população adulta gira em torno de 84 a 143 indivíduos). Um pequeno roedor de Cuba chamado de "jutía" não é visto há mais de 40 anos.
O desaparecimento do habitat natural e a caça "são, de longe, as maiores ameaças enfrentadas pelos mamíferos", escreveram Schipper e sua equipe na revista Science.
Entre outras ameaças, o aquecimento global também desempenha seu papel, atingindo espécies do Ártico dependentes das placas de gelo, tais como o urso polar.
O relatório, no entanto, trouxe também boas notícias. Devido a esforços de reflorestamento, 5 por cento das espécies recuperavam-se, entre as quais o bisão europeu e o furão de patas negras, encontrado na América do Norte.
A situação do elefante africano também melhorou, fazendo com que o animal deixasse o nível de "quase ameaçado" para ingressar no de "vulnerável" --as populações de elefante no sul e no leste da África estão aumentando.
O relatório centrou-se nos mamíferos, mas a situação de outros tipos de animais e plantas é ainda pior, afirmou o IUCN.
A "Lista Vermelha" mais atualizada disse que, de um total de 44.838 espécies de seres vivos, 16.928 encontram-se ameaçadas. Entre os animais, a pior situação é dos anfíbios (como sapos e rãs).
SP ganhou 900 mil cães e 350 mil gatos em apenas seis anos
População de animais cresceu, respectivamente, 60% e 152%; enquanto isso, número de habitantes subiu 3,5%
Felipe Oda - Jornal da Tarde
Tamanho do texto? A A A A
Sérgio Castro/AE
Bruna Pessina, do Campo Belo: 3 cães e 1 gata
SÃO PAULO - Pouco mais de 11 milhões de pessoas vivem em São Paulo, mas a população que mais cresce na cidade não é a humana. Enquanto o número de homens, entre 2002 e 2008, cresceu 3,5%, a quantidade de cães aumentou 60% e a de gatos, 152,17%, de acordo com estudo da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP).
O último censo animal, realizado em 2002 pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), indicava 1,5 milhão de cães e 230 mil gatos supervisionados - com algum responsável - na capital. Em 2008, a população canina alcançou 2,4 milhões e a felina, 580 mil.
Estima-se que para cada 4,5 moradores da cidade exista um cão. O bairro do Grajaú, extremo sul, é a região com maior quantidade absoluta de cães: 135 mil. Apesar disso, no Campo Belo, também na zona sul, a razão entre moradores e cachorros é maior. Para cada 1,5 morador há um cão no bairro.
Bimbo, um cocker spaniel inglês de 4 anos, é um deles. Mora e passeia todos os dias pelas ruas da região. "É a minha sombra, meu neném. O Bimbo é um membro da família", comenta a engenheira Monise Villano, de 30 anos. A região com menor quantidade de cachorros por habitante é o distrito de José Bonifácio, na zona leste. Lá, para cada 13,6 pessoas há um cão.
Pensando em aumentar a "família", composta atualmente por Nikita, uma pit bull de 8 anos, e duas poodles, Meg e Bambina, de 7 e 11 respectivamente, o empresário Danilo da Silva, de 22 anos, sonha em se mudar. "Quero ir para um espaço maior. Convenci minha mulher. Não queremos ter filhos, mas pretendemos criar mais cães."
A médica veterinária e mestranda Bianca Davico Canatto, também coordenadora da pesquisa, afirma que o crescimento da população felina é ainda mais expressivo. Em sete anos, o número de gatos duplicou. O distrito de Raposo Tavares, na zona oeste, abriga a maior quantidade de gatos: 29 mil. Estima-se que para 19 homens na cidade exista um felino. No Butantã, há um gato para cada 2,3 moradores. A proporção é maior no Tatuapé: 56,4 pessoas por bichano.
QUESTÃO DE ESPAÇO
Segundo o professor e coordenador do estudo da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP), Ricardo Augusto Dias, os números ajudam a desconstruir a "falsa impressão de que exista mais cães na periferia do que em regiões nobres". "Não existe uma relação em ter mais ou menos cães com o nível socioeconômico. Acreditamos que a quantidade está ligada ao espaço disponível."
Assim, bairros compostos por imóveis (residenciais ou comerciais) com áreas externas grandes abrigam a maior parte da população canina. "Já em áreas verticalizadas, independentemente se ricas ou pobres, a concentração de felinos é maior", completa Dias. Para o levantamento, os pesquisadores da USP visitaram 12 mil residências.
Pela primeira vez, animais em imóveis comerciais foram contabilizados nesse tipo de pesquisa. "Anteriormente, animais que cuidavam de um terreno, empresa, loja ou imóvel abandonado não eram contados. O que, além do crescimento natural das populações, pode ter influenciado nas contagens", explica Ricardo Augusto Dias, coordenador do estudo.
Além da distribuição de cães e gatos na cidade, o censo animal 2008 também servirá para traçar um perfil da saúde das populações animais. Agora, a Prefeitura pretende utilizar os dados para definir as próximas campanhas de vacinação, controle de doenças, castração e adoção. "Eles (a Prefeitura) têm um retrato macro sobre a distribuição de cães e gatos na cidade. Com as informações de cada um dos 96 distritos será possível direcionar as ações e torná-las ainda mais eficazes", afirma o coordenador.
Em regiões como as do Itaim-Bibi, Bela Vista, Consolação, Moema, Jardim Paulista e Pinheiros, 100% das populações de cães e gatos são vacinados em clínicas veterinárias particulares. "O que torna inexpressivas ações de vacinação nesses bairros", ressalta Dias.
Os cachorros paulistanos têm em média 4,9 anos; 52,6% são machos; 16,7% estão esterilizados; 36,1% são vacinados em clínicas veterinárias particulares e 30,4% foram comprados. Já os gatos têm em média 3,9 anos; 41,3% são machos; 40,6% esterilizados; 32,5% vacinados em serviços particulares e apenas 8,7% comprados. "Com os felinos não há a mesma preocupação com a raça. Os sem raça definida são bem aceitos, ao contrário dos cães", diz Ricardo Augusto Dias. "A valorização da raça dos cachorros é puro modismo. Não existe uma escolha consciente e adequada da raça. Aí, quando o animal cresce, o dono o abandona."
O professor ainda alerta para um dado geral das populações: só 20,2% dos animais vão pelo menos uma vez ao ano ao veterinário (frequência sistemática). O distrito do Morumbi, na zona sul, concentra a maior atenção à saúde canina e felina: 69,8% dos animais costumam frequentar o veterinário. Em José Bonifácio, na zona leste, apenas 1,8% dos animais são acompanhados por especialistas.
População de animais cresceu, respectivamente, 60% e 152%; enquanto isso, número de habitantes subiu 3,5%
Felipe Oda - Jornal da Tarde
Tamanho do texto? A A A A
Sérgio Castro/AE
Bruna Pessina, do Campo Belo: 3 cães e 1 gata
SÃO PAULO - Pouco mais de 11 milhões de pessoas vivem em São Paulo, mas a população que mais cresce na cidade não é a humana. Enquanto o número de homens, entre 2002 e 2008, cresceu 3,5%, a quantidade de cães aumentou 60% e a de gatos, 152,17%, de acordo com estudo da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP).
O último censo animal, realizado em 2002 pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), indicava 1,5 milhão de cães e 230 mil gatos supervisionados - com algum responsável - na capital. Em 2008, a população canina alcançou 2,4 milhões e a felina, 580 mil.
Estima-se que para cada 4,5 moradores da cidade exista um cão. O bairro do Grajaú, extremo sul, é a região com maior quantidade absoluta de cães: 135 mil. Apesar disso, no Campo Belo, também na zona sul, a razão entre moradores e cachorros é maior. Para cada 1,5 morador há um cão no bairro.
Bimbo, um cocker spaniel inglês de 4 anos, é um deles. Mora e passeia todos os dias pelas ruas da região. "É a minha sombra, meu neném. O Bimbo é um membro da família", comenta a engenheira Monise Villano, de 30 anos. A região com menor quantidade de cachorros por habitante é o distrito de José Bonifácio, na zona leste. Lá, para cada 13,6 pessoas há um cão.
Pensando em aumentar a "família", composta atualmente por Nikita, uma pit bull de 8 anos, e duas poodles, Meg e Bambina, de 7 e 11 respectivamente, o empresário Danilo da Silva, de 22 anos, sonha em se mudar. "Quero ir para um espaço maior. Convenci minha mulher. Não queremos ter filhos, mas pretendemos criar mais cães."
A médica veterinária e mestranda Bianca Davico Canatto, também coordenadora da pesquisa, afirma que o crescimento da população felina é ainda mais expressivo. Em sete anos, o número de gatos duplicou. O distrito de Raposo Tavares, na zona oeste, abriga a maior quantidade de gatos: 29 mil. Estima-se que para 19 homens na cidade exista um felino. No Butantã, há um gato para cada 2,3 moradores. A proporção é maior no Tatuapé: 56,4 pessoas por bichano.
QUESTÃO DE ESPAÇO
Segundo o professor e coordenador do estudo da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP), Ricardo Augusto Dias, os números ajudam a desconstruir a "falsa impressão de que exista mais cães na periferia do que em regiões nobres". "Não existe uma relação em ter mais ou menos cães com o nível socioeconômico. Acreditamos que a quantidade está ligada ao espaço disponível."
Assim, bairros compostos por imóveis (residenciais ou comerciais) com áreas externas grandes abrigam a maior parte da população canina. "Já em áreas verticalizadas, independentemente se ricas ou pobres, a concentração de felinos é maior", completa Dias. Para o levantamento, os pesquisadores da USP visitaram 12 mil residências.
Pela primeira vez, animais em imóveis comerciais foram contabilizados nesse tipo de pesquisa. "Anteriormente, animais que cuidavam de um terreno, empresa, loja ou imóvel abandonado não eram contados. O que, além do crescimento natural das populações, pode ter influenciado nas contagens", explica Ricardo Augusto Dias, coordenador do estudo.
Além da distribuição de cães e gatos na cidade, o censo animal 2008 também servirá para traçar um perfil da saúde das populações animais. Agora, a Prefeitura pretende utilizar os dados para definir as próximas campanhas de vacinação, controle de doenças, castração e adoção. "Eles (a Prefeitura) têm um retrato macro sobre a distribuição de cães e gatos na cidade. Com as informações de cada um dos 96 distritos será possível direcionar as ações e torná-las ainda mais eficazes", afirma o coordenador.
Em regiões como as do Itaim-Bibi, Bela Vista, Consolação, Moema, Jardim Paulista e Pinheiros, 100% das populações de cães e gatos são vacinados em clínicas veterinárias particulares. "O que torna inexpressivas ações de vacinação nesses bairros", ressalta Dias.
Os cachorros paulistanos têm em média 4,9 anos; 52,6% são machos; 16,7% estão esterilizados; 36,1% são vacinados em clínicas veterinárias particulares e 30,4% foram comprados. Já os gatos têm em média 3,9 anos; 41,3% são machos; 40,6% esterilizados; 32,5% vacinados em serviços particulares e apenas 8,7% comprados. "Com os felinos não há a mesma preocupação com a raça. Os sem raça definida são bem aceitos, ao contrário dos cães", diz Ricardo Augusto Dias. "A valorização da raça dos cachorros é puro modismo. Não existe uma escolha consciente e adequada da raça. Aí, quando o animal cresce, o dono o abandona."
O professor ainda alerta para um dado geral das populações: só 20,2% dos animais vão pelo menos uma vez ao ano ao veterinário (frequência sistemática). O distrito do Morumbi, na zona sul, concentra a maior atenção à saúde canina e felina: 69,8% dos animais costumam frequentar o veterinário. Em José Bonifácio, na zona leste, apenas 1,8% dos animais são acompanhados por especialistas.
sábado, 28 de novembro de 2009
Proteção de animais – uma ilusão?
Recolher todos os animais? Quantos vivem nas ruas? 1.000? 10.000? 100.000?
Quantos animais podem ser cuidados numa chácara sem que eles sofram por falta de tratamento, falta de carinho e falta de espaço? A resposta depende da existência de vários pré-requisitos:
1. Área física para os animais - animais precisam de espaço. Criar animais saudáveis em canilzinhos ou gaiolas não é nenhuma vantagem para os animais. Um cão precisa por kg do seu peso de no mínimo 1m2 para se movimentar.
2. Instalações - os canis devem ser fortes, seguros e espaçosos, com no mínimo 15 m2 para animais correrem e brincarem. Cada canil precisa de proteção contra o vento, frio, chuva e sol para cada um dos seus moradores. Mas precisa também lugares para tomar sol de manhã! Uma bacia com água fresca é óbvio. Um gato precisa de bem mais espaço, precisa trepar, viver "no alto", precisa de sol, principalmente no inverno. O gatil precisa de uma tela por cima para evitar acidentes.
3. Mão-de-obra - somente dando comida, água e limpando, um tratador pode tratar de 100 até no máximo 200 animais, dependendo das instalações. As instalações se estragam rápidamente, precisam de alguém que faça as manutenções. Sempre podem acontecer imprevistos, até acidentes. Os animais precisam de uma pessoa confiável, que esteja 24h por dia por perto.
4. Meios para alimentação - não adianta comprar uma ração baratinha, sem proteínas, dar polenta ou feijão, buscar restos de um restaurante (cheio de palitos, tampas de garrafas e guardanapos!!!) e depois gastar de montão com veterinários e remédios. Quem pensa em criar animais, deve saber que alimentação boa é fundamental.
5. Tratamento veterinário - o veterinário é o aliado número UM de cada animal. Se não pode ser contratado um, pelo menos deve-se ter um ao alcance 24 horas por dia.
6. Castrações - a existência de cães nas ruas mostra que existe mais oferta do que procura por animais. Por isso, é fundamental evitar mais ninhadas indesejadas. Castrar cadelas e gatas e, se possível, também os machos, deveria ser óbvio para cada um que se considera protetor.
7. Adoções - recolher animais e estocar num lugar impede a agilidade de aceitar mais animais. A idéia deve ser achar famílias que cuidem bem dos animais, para obter mais espaço para outros animais necessitados. Reconhecemos que este ponto é o mais problemático no trabalho com animais abandonados.
8. Amigos - promover feiras, despertar a mídia, arranjar colaboradores é um trabalho muito difícil e demorado. Amigos que se envolvem neste trabalho são os pilares de cada entidade.
E mesmo com todos os pré-requisitos preenchidos, fica a pergunta: Quantos animais podemos abrigar? O Projeto Pro-Animal não é um lar definitivo, nem um depósito para os animais e menos ainda um "lixão vivo", onde os bichinhos serão somente mantidos vivos, mais nada. Por esta razão não podemos aceitar todos os animais que as pessoas querem entregar por motivos diversos.
O Projeto Pró-Animal se entende como um "lar temporário" para animais em apuros. Eles encontram aqui um tratamento adequado e um ambiente onde podem brincar alegres e sem medo. Recuperados e castrados eles serão oferecidos para adoções na sede e nas feirinhas organizados por voluntários.
Sendo um “lar temporário”, significa que os animais aceitos ficam um determinado tempo na entidade e a pessoa que entregou um animal se responsabiliza de três coisas:
1. pagar todas as despesas do tratamento adiantado
2.se encarregar da castração
3.procurar por um lar definitivo
Mas, a realidade é outra. Uma caixa com filhotes, um cão amarrado no portão, vítimas de maus tratos ou uma ninhada de gatos jogados no mato são o resultado triste da ganância, covardia e irresponsabilidade das pessoas. Estes animais precisam de ajuda, e já.
Uma entidade que se sente na obrigação física, moral ou política de recolher mais animais do que recomendável conforme dos pré-requisitos citados a cima, vai enfrentar certos problemas.
Animais que vivem apertados estão mais sujeitos à doenças, brigas etc.
Em entidades com falta de alimentação observa-se o canibalismo entre os animais.
A adoção de animais não-castrados, garante a continuação do trabalho por muitas gerações, que não pode ser o sentido da entidade.
A falta de um tratador caprichoso deixa os animais viverem nas suas próprias fezes, provocando mau cheiro e doenças.
O número ideal dos animais abrigados depende de muitos fatores. Ultrapassar este número pode levar a entidade se não ao colapso, no mínimo ao desconforto dos hóspedes.
Como manter o número certo? Esta pergunta é a mais polêmica de todas. A entidade que não dispõe de meios, voluntários e espaço ilimitado, não pode evitar escolher um dos dois males:
1. Ou ver que animais rejeitados serão mortos cruelmente, morrem nas ruas ou amarrados no mato.
2. Ou aceitar todos os animais e fazer uma escolha, quais devem ficar vivos (Estas entidades recebem mais críticas do que matadouros de ovelhas!!!).
O Projeto Pro-Animal por enquanto escolheu a primeira alternativa, sabendo que o seu trabalho é incompleto. A ênfase das atividades é cada vez mais a castração. Não somente dos animais vivendo no Projeto Pró-Animal, mas também ou até principalmente, dos animais nas vilas, da população que não pode pagar um valor equivalente à renda familiar para castrar um animal.
Uma cadela pode ter duas ninhadas por ano de seis filhotes cada. Se a metade delas são fêmeas, ela pode ter seis filhas que no ano seguinte poderão ter cada uma uma dúzia de filhotinhos, e a mãe não pára de parir. Sete dúzias no segundo ano, filhos e netos. No terceiro ano já têm quarenta e uma ninhadas, 250 lindos filhotinhos....
Tudo mal, na verdade não são tantos, pois a maioria morre atropelado, morto a pauladas, de doenças, fome, frio e falta de tudo. Resumo: UMA CASTRAÇÃO faz mais efeito do que chorar noites a fio sobre os pobres bichinhos nas ruas.
E agora, imaginem, castrações em massa.....
Quero montar um abrigo
Recolher todos os animais? Quantos vivem nas ruas? 1.000? 10.000? 100.000?
Quantos animais podem ser cuidados numa chácara sem que eles sofram por falta de tratamento, falta de carinho e falta de espaço? A resposta depende da existência de vários pré-requisitos:
1. Área física para os animais - animais precisam de espaço. Criar animais saudáveis em canilzinhos ou gaiolas não é nenhuma vantagem para os animais. Um cão precisa por kg do seu peso de no mínimo 1m2 para se movimentar.
2. Instalações - os canis devem ser fortes, seguros e espaçosos, com no mínimo 15 m2 para animais correrem e brincarem. Cada canil precisa de proteção contra o vento, frio, chuva e sol para cada um dos seus moradores. Mas precisa também lugares para tomar sol de manhã! Uma bacia com água fresca é óbvio. Um gato precisa de bem mais espaço, precisa trepar, viver "no alto", precisa de sol, principalmente no inverno. O gatil precisa de uma tela por cima para evitar acidentes.
3. Mão-de-obra - somente dando comida, água e limpando, um tratador pode tratar de 100 até no máximo 200 animais, dependendo das instalações. As instalações se estragam rápidamente, precisam de alguém que faça as manutenções. Sempre podem acontecer imprevistos, até acidentes. Os animais precisam de uma pessoa confiável, que esteja 24h por dia por perto.
4. Meios para alimentação - não adianta comprar uma ração baratinha, sem proteínas, dar polenta ou feijão, buscar restos de um restaurante (cheio de palitos, tampas de garrafas e guardanapos!!!) e depois gastar de montão com veterinários e remédios. Quem pensa em criar animais, deve saber que alimentação boa é fundamental.
5. Tratamento veterinário - o veterinário é o aliado número UM de cada animal. Se não pode ser contratado um, pelo menos deve-se ter um ao alcance 24 horas por dia.
6. Castrações - a existência de cães nas ruas mostra que existe mais oferta do que procura por animais. Por isso, é fundamental evitar mais ninhadas indesejadas. Castrar cadelas e gatas e, se possível, também os machos, deveria ser óbvio para cada um que se considera protetor.
7. Adoções - recolher animais e estocar num lugar impede a agilidade de aceitar mais animais. A idéia deve ser achar famílias que cuidem bem dos animais, para obter mais espaço para outros animais necessitados. Reconhecemos que este ponto é o mais problemático no trabalho com animais abandonados.
8. Amigos - promover feiras, despertar a mídia, arranjar colaboradores é um trabalho muito difícil e demorado. Amigos que se envolvem neste trabalho são os pilares de cada entidade.
E mesmo com todos os pré-requisitos preenchidos, fica a pergunta: Quantos animais podemos abrigar? O Projeto Pro-Animal não é um lar definitivo, nem um depósito para os animais e menos ainda um "lixão vivo", onde os bichinhos serão somente mantidos vivos, mais nada. Por esta razão não podemos aceitar todos os animais que as pessoas querem entregar por motivos diversos.
O Projeto Pró-Animal se entende como um "lar temporário" para animais em apuros. Eles encontram aqui um tratamento adequado e um ambiente onde podem brincar alegres e sem medo. Recuperados e castrados eles serão oferecidos para adoções na sede e nas feirinhas organizados por voluntários.
Sendo um “lar temporário”, significa que os animais aceitos ficam um determinado tempo na entidade e a pessoa que entregou um animal se responsabiliza de três coisas:
1. pagar todas as despesas do tratamento adiantado
2.se encarregar da castração
3.procurar por um lar definitivo
Mas, a realidade é outra. Uma caixa com filhotes, um cão amarrado no portão, vítimas de maus tratos ou uma ninhada de gatos jogados no mato são o resultado triste da ganância, covardia e irresponsabilidade das pessoas. Estes animais precisam de ajuda, e já.
Uma entidade que se sente na obrigação física, moral ou política de recolher mais animais do que recomendável conforme dos pré-requisitos citados a cima, vai enfrentar certos problemas.
Animais que vivem apertados estão mais sujeitos à doenças, brigas etc.
Em entidades com falta de alimentação observa-se o canibalismo entre os animais.
A adoção de animais não-castrados, garante a continuação do trabalho por muitas gerações, que não pode ser o sentido da entidade.
A falta de um tratador caprichoso deixa os animais viverem nas suas próprias fezes, provocando mau cheiro e doenças.
O número ideal dos animais abrigados depende de muitos fatores. Ultrapassar este número pode levar a entidade se não ao colapso, no mínimo ao desconforto dos hóspedes.
Como manter o número certo? Esta pergunta é a mais polêmica de todas. A entidade que não dispõe de meios, voluntários e espaço ilimitado, não pode evitar escolher um dos dois males:
1. Ou ver que animais rejeitados serão mortos cruelmente, morrem nas ruas ou amarrados no mato.
2. Ou aceitar todos os animais e fazer uma escolha, quais devem ficar vivos (Estas entidades recebem mais críticas do que matadouros de ovelhas!!!).
O Projeto Pro-Animal por enquanto escolheu a primeira alternativa, sabendo que o seu trabalho é incompleto. A ênfase das atividades é cada vez mais a castração. Não somente dos animais vivendo no Projeto Pró-Animal, mas também ou até principalmente, dos animais nas vilas, da população que não pode pagar um valor equivalente à renda familiar para castrar um animal.
Uma cadela pode ter duas ninhadas por ano de seis filhotes cada. Se a metade delas são fêmeas, ela pode ter seis filhas que no ano seguinte poderão ter cada uma uma dúzia de filhotinhos, e a mãe não pára de parir. Sete dúzias no segundo ano, filhos e netos. No terceiro ano já têm quarenta e uma ninhadas, 250 lindos filhotinhos....
Tudo mal, na verdade não são tantos, pois a maioria morre atropelado, morto a pauladas, de doenças, fome, frio e falta de tudo. Resumo: UMA CASTRAÇÃO faz mais efeito do que chorar noites a fio sobre os pobres bichinhos nas ruas.
E agora, imaginem, castrações em massa.....
Não podemos proteger um animal melhor de todos os males de que evitando seu nascimento!
Talvez um cão abandonado - que não foi aceito num abrigo superlotado?
Proteger animais
sem gastar dinheiro?
Veja como:
- não indo para circos com animais.
Os animais estão sendo treinados brutalmente. Fora da arena eles vivem em pequenas jaulas ou acorrentados. Muitas vezes falta comida e água.
- não indo para rodeios.
Os animais são torturados sem que os espectadores possam ver. Os animais nos rodeios não são xucros, eles pulam de dor. Os terneirinhos sofrem até a ruptura da espinha dorsal, pegados de laço. - não comprando casacos de peles
muitas vezes a pele é tirada de animais vivos e/ou de animais que sofreram muito tempo em armadilhas. A verdadeira beleza vem de dentro, jamais da morte de animais.
- não comprando produtos (cosméticos) testados em animais.
Os animais em laboratórios vivem torturas imensas. Cirurgias são geralmente feitas sem anestéticos - para economizar! Para os animais não gritar, são cortadas as cordas vocais! - não participando em rinhas
Os instintos de defesa dos animais são explorados de uma forma cruel. Em liberdade um galo ou um cão pode se retirar ou parar a briga, na rinha eles não podem escapar. Eles são obrigados a continuar até cair desmaiados.
- não comprando animais de raça de criadores que criam mantendo animais como máquinas de filhotes
, vendendo- os muito cedo. Para cada animal vendido, um cão de rua perde sua chance! Se você quer de qualquer jeito um animal de raça, escolhe bem o criador! Não compre um filhote com menos de 10 semanas de vida! Compre direto de um criador que mantém a cadela junto com a família e pode dar informações sobre o temperamento dos pais e não num "criadouro" ou na agropecuária. Se você já quer gastar dinheiro, então deve ser para alguém que se esforça e endende da raça. Animal de raça tem pedigree! - não comprando animais ou pedaços deles para os comer.
1. Para cada kg de carne são necessário 12 kg de vegetais. O desmatamento da Amazônia é principalmente feita para plantar soja para animais.
2. Produzir carne não gera muitos empregos, plantar verduras, frutas, nozes, cogumelos sim!
3. É comprovado, que há mais índives de câncer em pessoas que consumam animais.
4. É comprovado, que o organismo humano não precisa comer animais mortos. Peixes, galinhas e camarões também são animais!
5. Os animais não simplesmente morrem, eles sofrem torturas teríveis, nos transportes, nos matadouros, quando castrados sem anestesia, quebrados os dentes, cortados rabinhos e orelhas, engolir comida sem parar (foie gras) ou viver sem poder se mexer (terneiros de vitela)
- não comprando filhotes de rabos e/ou orelhas cortados.
O rabo faz parte da espinha dorsal. Quem ama animais não os mutile ou paga por mutilações em nome de uma moda questionável - não comprando ovos de poedeiras em gaiolas.
Estas galinhas vivam a vida de 15 ou mais numa gaiola sem ver o luz de dia, sem poder comer insetos ou folhas verdes. Há sítios e chácaras que vendem ovos de galinhas soltas. Não somente os ovos, também o passeio faz bem para a sua saúde!
sem gastar dinheiro?
Veja como:
- não indo para circos com animais.
Os animais estão sendo treinados brutalmente. Fora da arena eles vivem em pequenas jaulas ou acorrentados. Muitas vezes falta comida e água.
- não indo para rodeios.
Os animais são torturados sem que os espectadores possam ver. Os animais nos rodeios não são xucros, eles pulam de dor. Os terneirinhos sofrem até a ruptura da espinha dorsal, pegados de laço. - não comprando casacos de peles
muitas vezes a pele é tirada de animais vivos e/ou de animais que sofreram muito tempo em armadilhas. A verdadeira beleza vem de dentro, jamais da morte de animais.
- não comprando produtos (cosméticos) testados em animais.
Os animais em laboratórios vivem torturas imensas. Cirurgias são geralmente feitas sem anestéticos - para economizar! Para os animais não gritar, são cortadas as cordas vocais! - não participando em rinhas
Os instintos de defesa dos animais são explorados de uma forma cruel. Em liberdade um galo ou um cão pode se retirar ou parar a briga, na rinha eles não podem escapar. Eles são obrigados a continuar até cair desmaiados.
- não comprando animais de raça de criadores que criam mantendo animais como máquinas de filhotes
, vendendo- os muito cedo. Para cada animal vendido, um cão de rua perde sua chance! Se você quer de qualquer jeito um animal de raça, escolhe bem o criador! Não compre um filhote com menos de 10 semanas de vida! Compre direto de um criador que mantém a cadela junto com a família e pode dar informações sobre o temperamento dos pais e não num "criadouro" ou na agropecuária. Se você já quer gastar dinheiro, então deve ser para alguém que se esforça e endende da raça. Animal de raça tem pedigree! - não comprando animais ou pedaços deles para os comer.
1. Para cada kg de carne são necessário 12 kg de vegetais. O desmatamento da Amazônia é principalmente feita para plantar soja para animais.
2. Produzir carne não gera muitos empregos, plantar verduras, frutas, nozes, cogumelos sim!
3. É comprovado, que há mais índives de câncer em pessoas que consumam animais.
4. É comprovado, que o organismo humano não precisa comer animais mortos. Peixes, galinhas e camarões também são animais!
5. Os animais não simplesmente morrem, eles sofrem torturas teríveis, nos transportes, nos matadouros, quando castrados sem anestesia, quebrados os dentes, cortados rabinhos e orelhas, engolir comida sem parar (foie gras) ou viver sem poder se mexer (terneiros de vitela)
- não comprando filhotes de rabos e/ou orelhas cortados.
O rabo faz parte da espinha dorsal. Quem ama animais não os mutile ou paga por mutilações em nome de uma moda questionável - não comprando ovos de poedeiras em gaiolas.
Estas galinhas vivam a vida de 15 ou mais numa gaiola sem ver o luz de dia, sem poder comer insetos ou folhas verdes. Há sítios e chácaras que vendem ovos de galinhas soltas. Não somente os ovos, também o passeio faz bem para a sua saúde!
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